segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
A importância do Marco Civil da Internet
Nos últimos anos, uma nova lei – a Lei
do Cabo – permitiu aos canais de TV a cabo descontar parte do imposto de
renda no financiamento de produções nacionais – com obrigatoriedade de
passar um pequeno número de horas/mês no horário nobre.
Bastou para que começasse a florescer por todo o país uma nova indústria de audiovisual.
***
Nos primórdios da televisão nos Estados
Unidos, a nova tecnologia atraiu multidões de pequenos empresários. A
pretexto de botar ordem no mercado, o poder federal decidiu regular o
setor. E concedeu o espaço público a poucas redes de emissoras.
O argumento inicial é que o modelo de
negócios – com base nos comerciais – só seria viável se em formato de
rede. E seria a maneira das emissoras, fortalecidas pelo modelo, darem a
contrapartida para a sociedade – na forma de produções bem acabadas,
programas educativos, campanhas cívicas, espaço para a diversidade.
Com o tempo, a lógica comercial se impôs
sobre as contrapartidas sociais. Partiu-se para um vale-tudo, da busca
da audiência a qualquer custo que acabou desvirtuando os princípios
legitimadores da oligopolização.
Mais que isso, as redes ganharam tal
poder no mercado de ideias que passaram a interferir no jogo político,
na política econômica, no próprio caráter nacional.
Nos Estados Unidos, esse modelo só foi
rompido com a eclosão da TV a cabo e, agora, com a Internet. Hoje em
dia, 55% dos norte-americanos assistem televisão através da Internet. Em
breve, haverá o fim das emissoras abertas dominando o espectro da
radiodifusão.
***
No caso brasileiro, o formato das redes
provocou o enfraquecimento das manifestações regionais, não abriu espaço
para as produções regionais, consolidou dinastias políticas, através
dos afiliados. E permitiu aos grandes grupos um ativismo político
incompatível com sua condição de concessão pública.
Qualquer tentativa do Ministério Público
Federal, Procons, ONGs de exigir bom nível da programação das emissoras
resulta em grita geral com o uso duvidoso dos conceitos de liberdade de
imprensa.
***
O reinado da TV aberta terminará com o
advento da Internet. E o novo hábito está abrindo a possibilidade de uma
nova explosão de criatividade, com novos canais, novas empresas
produzindo vídeos exclusivamente para o novo ambiente.
***
O modelo cartelizador da radiodifusão
não pode se repetir na Internet. Daí a importância do marco civil
definir a neutralidade da rede – isto é, o direito de qualquer pessoa ou
empresa ter acesso às linhas de dados em igualdade de condições.
No momento, há um forte lobby no
Congresso tentando conceder às empresas de telefonia o direito de
selecionar o tráfego na rede. Aparentemente, há um pacto entre as teles e
os grupos de mídia para impedir o avanço de redes sociais como Facebook
e Gmail.
Argumentam que, como investiram na
infraestrutura, teriam o direito de explorar da maneira que quiserem.
Esquecem-se que são concessões públicas, monopólios naturais. E, como
tal, têm obrigação de fornecer seus serviços em igualdade de condições
para todos os clientes.
Permitir o controle da rede será
conceder a esses grupos o poder sobre a opinião pública, o controle de
todas as iniciativas empreendedoras na Internet, matando a criatividade e
a voz da sociedade.
Fonte: Luis N.
Fonte: Luis N.
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Era das Utopias
'Era das Utopias' é uma minissérie de seis episódios divididos em três temas: 'Utopia Socialista', 'Utopia Capitalista' e 'Novas Utopias'.
'Qual sua utopia?' é a pergunta que vai guiar a nova minissérie da TV Brasil, dirigida pelo cineasta Silvio Tendler.
A série pretende retratar as principais transformações sociais, econômicas, culturais e artísticas após a Segunda Guerra Mundial; as utopias que foram criadas neste período e as barbáries que o pontuaram. A série descreve o desmantelamento das utopias vigentes em 1968 e a criação das novas utopias que se consolidaram no mundo contemporâneo.
Os primeiros capítulos tratam do surgimento da utopia socialista e todas as suas consequências durante o século XX. Já os capítulos referentes à utopia capitalista mostrarão a derrocada do Socialismo com a queda do muro de Berlim, em 1989; os desdobramentos gerados e, tantos outros fatos que nos levaram às novas utopias, derivadas do conflito entre novas tecnologias e velhas mazelas. Para Tendler, a luta das atuais gerações é a preservação do planeta. “Salvar o planeta dos danos causados pela utopia capitalista e pela utopia comunista é a nova utopia”, afirma o diretor.
Lista de nomes dos entrevistados:
Adetokunbo Borishade – Professora e pesquisadora da cultura afro-americana e africana.
Albert Jacquard - Geneticista francês.
Amos Gitai – Cineasta israelense.
Apolônio de Carvalho – Dirigente do Partido Comunista. Lutou na Guerra Civil Espanhola.
Carlos Alberto Moreira – Biomédico.
Carlos Eduardo Lins da Silva – Jornalista.
Carlos Walter Porto – Geógrafo.
Chico de Oliveira – Sociólogo.
Clara Charf – Militante comunista.
Edgar Morin - Sociólogo.
Eduardo Bueno – Jornalista e escritor.
Eduardo Galeano – Jornalista e escritor uruguaio.
Ferreira Gullar – Poeta.
Frei Fernando – Frei dominicano participou da resistência à ditadura militar.
George Yúdice – Professor e escritor norte-americano.
Jacob Gorender - Historiador e militante comunista.
Jean Marc Salmon – Sociólogo francês.
Jorge Zabalza - Combatente do grupo guerrilheiro uruguaio Tupamaros.
Leandro Konder – Filósofo.
Leonardo Boff – Teólogo.
Luis Fernando Veríssimo – jornalista e escritor.
Luiz Gê – Ilustrador e professor de desenho.
Moacyr Felix – Poeta.
Moacyr Scliar – Médico e escritor.
Muk Tsur – Diretor do movimento de Kibbutz em Israel.
Noam Chomsky – linguista norte-americano.
Noel Gertel – Jornalista.
Raul Alvarez – Engenheiro, membro do movimento estudantil mexicano de 1968.
Roberto Fernández Retamar – Escritor cubano. Presidente da Casa das Américas.
Samuel Blixen – Jornalista, combatente do grupo guerrilheiro uruguaio Tupamaros.
Sergio Amadeu – Sociólogo.
Susan Sontag – Escritora norte-americana.
Toni Negri – Filósofo italiano.
Wolfgang Becker – Cineasta alemão.
Yves Lesbaupin – Ex-frei dominicano, participou da resistência à ditadura militar.
Albert Jacquard - Geneticista francês.
Amos Gitai – Cineasta israelense.
Apolônio de Carvalho – Dirigente do Partido Comunista. Lutou na Guerra Civil Espanhola.
Carlos Alberto Moreira – Biomédico.
Carlos Eduardo Lins da Silva – Jornalista.
Carlos Walter Porto – Geógrafo.
Chico de Oliveira – Sociólogo.
Clara Charf – Militante comunista.
Edgar Morin - Sociólogo.
Eduardo Bueno – Jornalista e escritor.
Eduardo Galeano – Jornalista e escritor uruguaio.
Ferreira Gullar – Poeta.
Frei Fernando – Frei dominicano participou da resistência à ditadura militar.
George Yúdice – Professor e escritor norte-americano.
Jacob Gorender - Historiador e militante comunista.
Jean Marc Salmon – Sociólogo francês.
Jorge Zabalza - Combatente do grupo guerrilheiro uruguaio Tupamaros.
Leandro Konder – Filósofo.
Leonardo Boff – Teólogo.
Luis Fernando Veríssimo – jornalista e escritor.
Luiz Gê – Ilustrador e professor de desenho.
Moacyr Felix – Poeta.
Moacyr Scliar – Médico e escritor.
Muk Tsur – Diretor do movimento de Kibbutz em Israel.
Noam Chomsky – linguista norte-americano.
Noel Gertel – Jornalista.
Raul Alvarez – Engenheiro, membro do movimento estudantil mexicano de 1968.
Roberto Fernández Retamar – Escritor cubano. Presidente da Casa das Américas.
Samuel Blixen – Jornalista, combatente do grupo guerrilheiro uruguaio Tupamaros.
Sergio Amadeu – Sociólogo.
Susan Sontag – Escritora norte-americana.
Toni Negri – Filósofo italiano.
Wolfgang Becker – Cineasta alemão.
Yves Lesbaupin – Ex-frei dominicano, participou da resistência à ditadura militar.
Direção: Silvio Tendler
Duração: 26 Min./cada episódio
Ano: 2009
Áudio: Português
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Etiquetas:
Capitalismo,
Cultura,
Democracia,
Ditadura,
Documentário,
economia,
filosofia,
Globalização,
Guerra,
Socialismo,
sociedade,
Televisão
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
TROM - Documentário
TROM representa o maior documentário já criado, mas também o único que tenta analisar tudo: da ciência ao sistema monetário e soluções reais para melhorar a vida de todos.
Uma maneira nova e real para olhar sobre o mundo.
"Antes do Big-Bang, até o presente, e além."
Ativar legenda oculta.
Você pode ver e baixar todo o documentário TROM aqui: http://tromsite.com/
domingo, 13 de outubro de 2013
ILHA DAS FLORES
Considerado pela crítica européia como um dos 100 mais importantes
curtas-metragens do século. Divertido, irônico e ácido, Ilha das Flores
trata de uma forma simples e didática a maneira que funciona o ciclo de
consumo dos bens numa sociedade desigual.
Mostra toda a trajetória de um tomate, saindo do supermercado até chegar
ao lixo. Um clássico do cinema de curta metragem nacional produzido em
1989.
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Cérebro Eletrônico e o novo disco: "Vamos pro Quarto".
Vamos Pro Quarto - conta com nove faixas inéditas, que podem ser ouvidas a seguir. O download do disco está disponível no site da banda, assim como todo o restante da discografia do Cérebro Eletrônico
Fonte: Movethatjukebox
Autoramas e Bnegão
Autoramas e Bnegão Lançam juntos o EP Auto Boogie, com produção de Frejat
Fonte: Rockinpress
Monkeybuzz
O combo de artistas da Autoramas junto a BNegão revelou um novo lançamento em disco. O EP intitulado como Auto Boogie
traz faixas e versões recriadas pelos próprios brasileiros,
homenageando nomes como Prince, Lou Reed e a antiga banda do vocalista e
guitarrista Gabriel Thomaz, Little Quail.
O trabalho já pode ser ouvido por completo pelo Soundcloud da Musinova
Fonte: Rockinpress
Monkeybuzz
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Cidadão Instigado
SILÊNCIO NA MULTIDÃO
http://irpra.la/m/1100829
Clique para ouvir a música e ver a letra de Cidadão Instigado - Silêncio na Multidão, no Kboing.
https://www.facebook.com/cidadaoinstigado
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quarta-feira, 14 de agosto de 2013
7 efeitos curiosos do café no organismo
Tiago Perin
Há quem sofra com todo o tipo de efeito desagradável se passar o dia
sem um (ou vários) cafezinhos. Em algum momento da nossa evolução, o
café virou, mais do que um prazer gastronômico, um amigo fiel e um
quase-remédio. Está com sono? Tome café. Estressado? Café. De ressaca?
Café. Alguns dos efeitos dele sobre o nosso organismo são devidamente
comprovados – ele realmente vicia, por exemplo. Mas outros (e aí entram
tanto benefícios quanto perigos) a ciência traz e leva de volta como se
estivesse de brincadeira com a gente. Certas pesquisas, por algum
motivo, chegam até a desmentir uma a outra. Vai entender. Mas, isso não
dá para negar, o café é mesmo um bichinho poderoso. Pega lá um para você
e dá uma olhada nessa lista, com algumas verdades quanto a do que ele é
realmente capaz.
1. Café não deixa você mais alerta.
É tudo uma ilusão. Cientistas da Universidade de Bristol, na Inglaterra, dizem que, se a gente faz do cafezinho um hábito, logo desenvolvemos tolerância ao efeito estimulante da cafeína. “Mas eu tomo café e me sinto diferente. E aí?”. Bem, segundo o estudo dos caras, o fluxo de energia que você sente é apenas reflexo dos sintomas da abstinência de cafeína (que causa, veja só, fadiga) indo embora. Ou seja: você está mal.
É tudo uma ilusão. Cientistas da Universidade de Bristol, na Inglaterra, dizem que, se a gente faz do cafezinho um hábito, logo desenvolvemos tolerância ao efeito estimulante da cafeína. “Mas eu tomo café e me sinto diferente. E aí?”. Bem, segundo o estudo dos caras, o fluxo de energia que você sente é apenas reflexo dos sintomas da abstinência de cafeína (que causa, veja só, fadiga) indo embora. Ou seja: você está mal.
2. Café favorece a performance feminina. Mas prejudica a masculina.
Outro estudo da Universidade de Bristol analisou a performance de homens e mulheres em atividades como testes de memória após dar a eles café normal ou descafeinado. E constatou que, munidas de cafeína na corrente sanguínea, as mulheres lidam melhor com situações estressantes e trabalham melhor em grupo. Mas os homens não. Neles, o café diminui a velocidade de raciocínio e aumenta a agressividade.
Outro estudo da Universidade de Bristol analisou a performance de homens e mulheres em atividades como testes de memória após dar a eles café normal ou descafeinado. E constatou que, munidas de cafeína na corrente sanguínea, as mulheres lidam melhor com situações estressantes e trabalham melhor em grupo. Mas os homens não. Neles, o café diminui a velocidade de raciocínio e aumenta a agressividade.
3. Café faz os seios diminuirem de tamanho.
A cafeína mexe com os níveis de estrogênio da mulher, o que pode fazer com que os seios encolham “significativamente”. Três xícaras de café por dia já são o suficiente para o efeito ser notado. A conclusão é de um estudo da Universidade de Lund, na Suécia. E essa nem é a parte mais estranha da história. Nos homens, o efeito é oposto: agindo com a testosterona, o consumo frequente de cafeína pode aumentar a região mamária masculina – e deixar os moços com “peitinhos”.
A cafeína mexe com os níveis de estrogênio da mulher, o que pode fazer com que os seios encolham “significativamente”. Três xícaras de café por dia já são o suficiente para o efeito ser notado. A conclusão é de um estudo da Universidade de Lund, na Suécia. E essa nem é a parte mais estranha da história. Nos homens, o efeito é oposto: agindo com a testosterona, o consumo frequente de cafeína pode aumentar a região mamária masculina – e deixar os moços com “peitinhos”.
4. Café faz você ter alucinações.
Sim, ele dá barato. Mas, provavelmente (a gente nunca testou) é um barato não muito legal. Participantes de uma pesquisa da Universidade de Durham, no Reino Unido, começaram a ouvir vozes depois de tomar sete copinhos de café em um só dia. Os cientistas supõem que as alucinações sejam causadas pelo aumento nos níveis de cortisol, o hormônio do estresse, que o excesso de cafeína provoca.
Sim, ele dá barato. Mas, provavelmente (a gente nunca testou) é um barato não muito legal. Participantes de uma pesquisa da Universidade de Durham, no Reino Unido, começaram a ouvir vozes depois de tomar sete copinhos de café em um só dia. Os cientistas supõem que as alucinações sejam causadas pelo aumento nos níveis de cortisol, o hormônio do estresse, que o excesso de cafeína provoca.
5. Café previne o mau hálito.
Sabe aquele bafo de café que você sente quando o seu colega de trabalho chega para falar mais de pertinho? Não é bacana. Mas, a longo prazo, pode valer a pena. Uma pesquisa israelense, da Universidade de Tel Aviv, descobriu que certos elementos na composição do café bloqueiam o desenvolvimento das bactérias responsáveis pelo mau hálito. Agora eles estão querendo isolar esses componentes e produzir chicletes, pirulitos e outras coisas para prevenir a halitose.
Sabe aquele bafo de café que você sente quando o seu colega de trabalho chega para falar mais de pertinho? Não é bacana. Mas, a longo prazo, pode valer a pena. Uma pesquisa israelense, da Universidade de Tel Aviv, descobriu que certos elementos na composição do café bloqueiam o desenvolvimento das bactérias responsáveis pelo mau hálito. Agora eles estão querendo isolar esses componentes e produzir chicletes, pirulitos e outras coisas para prevenir a halitose.
6. Café faz bem para o coração (mas só para o de quem está acostumado a beber café).
Se você toma café demais, seu coração dispara. Já percebeu? Mas isso não quer dizer que a cafeína seja, necessariamente, ruim para ele. Aliás, se você não está acostumado a beber café, quer sim. Estudos das universidades de Washington e Harvard, nos EUA, dizem que quem bebe apenas uma xícara por dia ou menos do que isso tem quatro vezes mais chances de ter um enfarto – em geral, na primeira hora após o consumo da bebida. Condiz com o resultado de uma outra pesquisa norte-americana, apresentado na 50ª Conferência Anual da Associação Americana do Coração, em 2010, que aponta um risco 18% menor de problemas cardíacos em quem toma quatro ou mais xícaras de café por dia.
Se você toma café demais, seu coração dispara. Já percebeu? Mas isso não quer dizer que a cafeína seja, necessariamente, ruim para ele. Aliás, se você não está acostumado a beber café, quer sim. Estudos das universidades de Washington e Harvard, nos EUA, dizem que quem bebe apenas uma xícara por dia ou menos do que isso tem quatro vezes mais chances de ter um enfarto – em geral, na primeira hora após o consumo da bebida. Condiz com o resultado de uma outra pesquisa norte-americana, apresentado na 50ª Conferência Anual da Associação Americana do Coração, em 2010, que aponta um risco 18% menor de problemas cardíacos em quem toma quatro ou mais xícaras de café por dia.
7. Café facilita a sua vida na academia.
Tomar um copinho antes de se jogar na malhação, além de dar uma energia extra, diminui a dor causada pelos exercícios e facilita a sua busca pelo corpão perfeito. É o que diz um estudo da Universidade de Illinois, nos EUA. E, dessa vez, não importa se você tem o hábito de beber café ou não. Segundo os pesquisadores, a cafeína age diretamente sobre partes do cérebro e da medula espinhal envolvidas no processamento da dor, seja você um coffee junkie ou não. Olha aí: dá quase para dizer que café emagrece.
Tomar um copinho antes de se jogar na malhação, além de dar uma energia extra, diminui a dor causada pelos exercícios e facilita a sua busca pelo corpão perfeito. É o que diz um estudo da Universidade de Illinois, nos EUA. E, dessa vez, não importa se você tem o hábito de beber café ou não. Segundo os pesquisadores, a cafeína age diretamente sobre partes do cérebro e da medula espinhal envolvidas no processamento da dor, seja você um coffee junkie ou não. Olha aí: dá quase para dizer que café emagrece.
Fonte: Ciência Maluca
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
Cântico Negro
"Vem por aqui" —
dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e
seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem:
"vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há,
nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E
nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar
desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o
mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não,
não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios
passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que
me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos
becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos,
arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo,
foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus
próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale
nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos,
ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus
obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E
vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os
abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes
estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria,
tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e
sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho,
a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos
lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos
tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem
acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que
ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça
definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A
minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se
alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por
onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por
aí!
Autor: José Régio
quinta-feira, 25 de abril de 2013
terça-feira, 19 de março de 2013
segunda-feira, 18 de março de 2013
Imersão
Atores Mergulham em seus Personagens
Alunos da Universidade de San Diego, no programa de graduação - Mestres das Belas Artes e Atuação, mergulharam literalmente em seus personagens de Shakespeare, que retratam o estudo no curso.
Expandindo nossa série Cabeças de Peixes, nos propusemos a criar um outro conjunto dinâmico de imagens brincando com a natural tensão superficial da água. Desta vez, queríamos mais ação, com mais intensidade e maior submersão! O resultado é uma série de imagens dinâmicas, que demonstram a transfomação que o ator é submetido quando "mergulha" em um papel. Personagens que, caracterizados incluem: Launce, de Os Dois Cavalheiros de Verona; Romeu, de Romeu e Julieta; Titânia, de Sonho de Uma Noite de Verão; Henrique V, de Henrique V; Macbeth, de Macbeth; Hecate, de Macbeth; Ariel, de A Tempestade; e Lady Macbeth, de Macbeth.
Fonte: Top Workzz
quinta-feira, 7 de março de 2013
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
O homem é a sua própria estrela...
O homem é sua própria estrela; e a alma que pode
Fazer um homem honesto e perfeito,
Comanda toda luz, toda influência, todo destino;
Nada lhe advêm cedo ou tarde demais.
Nossos atos são nossos anjos, bons ou maus,
Nossas sombras fatais que andam ao nosso lado, silentes.
Ralph W. Emerson
Creative Commons
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Nenhum problema tem solução...
Nenhum problema tem solução. Nenhum de nós desata o nó górdio; todos nós ou desistimos ou cortamos. Resolvemos bruscamente, com o sentimento, os problemas da inteligência, e fazemo-lo, ou por cansaço de pensar, ou por timidez de tirar conclusões, ou pela necessidade absurda de encontrar um apoio, ou pelo impulso gregário de regressar aos outros e à vida.
Como nunca podemos conhecer todos os elementos de uma questão, nunca a podemos resolver. Para atingir a verdade faltam-nos dados que bastem, e processos intelectuais que esgotem a interpretação desses dados.
Fernando Pessoa
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
Um bom poema...
Um bom poema
leva anos,
cinco jogando bola,
mais cinco estudando sânscrito,
seis carregando pedra,
nove namorando a vizinha,
sete levando porrada,
quatro andando sozinho,
três mudando de cidade,
dez trocando de assunto,
uma eternidade, eu e você,
caminhando junto.
Paulo Leminski
Etiquetas:
Paulo Leminski,
Poema,
Poesia
Local:
Guyana
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Vou-me Embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que eu escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca da Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei num burro brabo
Subirei no Pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Pra a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não tiver jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
- Lá sou amigo do rei -
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Manuel Bandeira
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